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Ecossistemas de Aprendizagem

NOSSO TRABALHO
CRIAR ESPAÇOS DE APRENDIZAGEM: A educação não formal pode ser expressa em espaços de aprendizagem

“Qualquer local do cotidiano onde se estabelecem objetivos e processos educacionais. Favorecem uma relação indivíduo-sociedade-natureza onde o conhecimento passa a ser o resultado de relações, de mediações e de diálogos com o território e com o homem, onde o conhecimento é produzido e assimilado. Assim, consideramos estes locais como ecossistemas de aprendizagem”.

Espaço de Aprendizagem

A educação não formal proporciona como nos diz Brandão ao homem, ser “aprendente” por excelência, aprender de forma lúdica, com brincadeiras, jogos e imaginação, tornando a aprendizagem mais prazerosa e reforçando seu caráter voluntario. Todos estes elementos dialogam entre si, proporcionando uma aprendizagem mais significativa. Segundo Sinson, Park e Fernandes.

A princípio, é importante que essa proposta de educação não-formal funcione como espaço e prática de vivência social, que reforce o contato com o coletivo e estabeleça laços de afetividade com esses sujeitos. Para tanto, necessita-se de um lugar onde todos tenham espaço suficiente para experimentar atividades lúdicas, ou seja, tudo aquilo que provoque, seja envolvente e vá ao encontro de interesses, vontades e necessidades de adultos e crianças. As atividades de educação não-formal precisam ser vivenciadas com prazer em um lugar agradável que permita movimentar-se, expandir-se e improvisar, possibilitando oportunidades de troca de experiências, formação de grupos – de proximidade e de brincadeiras e jogos, no caso das crianças e jovens -, contato e mistura de diferentes idades e gerações (SINSON,PARK,FERNANDES, 2007, p.22-23).

Os espaços de educação não formal favorecem uma relação individuo-sociedade-natureza onde o conhecimento possa a ser o resultado de relações, de mediações e de diálogos com o conhecimento se transformando em verdadeiros ecossistemas de aprendizagem. Massimo Di Felice nos traz.

O conhecimento não é apenas algo que desenvolvemos individualmente, mas, também, algo que habitamos, através da vivência em ambientes e ecossistemas de aprendizagem. Historicamente o ginásio antes e a sala de aula, depois, foram os espaços de difusão de conhecimento e os principais lugares de aprendizagem. Com o advento das redes interativas digitais é necessário “descolarizar” a sociedade e aprimorar o nosso conhecimento que se desenvolve através das interações tecnológicas. É necessário superar a concepção humanista do conhecimento expandindo a noção de cultura em direção á formas de inteligências ecossistêmicas (humano-tecno-territorial) conetivas.[1]

Ecossistemas de aprendizagem que comportam a logica da complexidade como nos propõe Morin, […]” há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo […]” e há um tecido interdependente, interativo e inter-retroativo entre o objeto do conhecimento e seu contexto, as partes e o todo, o todo e as partes, as partes entre si”.(Morin,2011, p.36 ).Dentro desta ótica a educação poderá fugir aos modelos da lógica linear, do pensamento antropocêntrico e da visão dualista de mundo.

Uma perspectiva ecossistêmica, termo emprestado da biologia significa considerar os componentes bióticos e abióticos, orgânicos e inorgânicos dentro da perspectiva da complexidade e da interdependência.

Pensar e realizar a experiência da criação de espaços de aprendizagem pode ser uma tentativa de ampliar os pontos de vistas sobre os processos educacionais.”

Christina Monteiro

[1] Fonte: https://www.facebook.com/groups/247020185391404/ Acesso em: 11 Jun.2013